GEOPROCESSAMENTO
A Estilo Nacional é pioneira no desenvolvimento e implementação de ferramentas para a coleta de dados geoespaciais relacionados estritamente ao patrimônio cultural. Trata-se de metodologia específica para realização de mapeamentos de bens culturais e sistematização dessas informações em banco de dados que podem ser alimentados em campo, em tempo real. Usamos formulários de campo para coleta de dados, ancorados na plataforma estado-da-arte ArcGIS Online, direcionados ao estudo de áreas de influência de empreendimentos e análise de suas interfaces com os bens culturais mapeados.
Produzimos, desse modo, um banco de dados geográfico consistente, de fácil atualização e com informações que atendem às necessidades de identificação, mapeamento e avaliação de impactos sobre o patrimônio cultural existente nos territórios em interface com os processos de licenciamento de empreendimentos, além de também facilitar a elaboração dos mais diversos estudos relacionados à preservação e salvaguarda.
Para desenvolvimento desse serviço, normalmente, adotamos os seguintes procedimentos:
Realização do levantamento de dados secundários, onde as principais fontes de pesquisa são as bases do ICMS Cultural e o georreferenciamento de bens disponibilizado pelo IEPHA-MG e IPHAN em seus sítios eletrônicos;
Cadastro preliminar de bens culturais no banco de dados;
Definição das áreas de influência em versão preliminar;
Planejamento e logística de campo;
Excursões ao território;
Consolidação do banco de dados e mapeamento final.
Após a realização do mapeamento final de bens culturais, nossa equipe técnica faz as avaliações de impacto sobre o patrimônio cultural identificado, desenvolve os relatórios e a documentação cartográfica.
Nossa atuação:
Desenvolvimento e gestão de banco de dados geográfico de bens culturais e de projetos vinculados a estes.
Licenciamento ambiental: consultoria, diagnósticos, estudos de impacto, educação patrimonial e cumprimento de condicionantes ambientais. Elaboração de relatórios técnicos para obtenção de licenças ambientais: FCA, PAIPA, RAIPA, RAIPI, RAIPF, RAIPE e EPIC / RIPC.
Elaboração de PAE - Plano de Ação de Emergência e PGR - Plano de Gerenciamento de Riscos relacionados à proteção do patrimônio cultural.
Execução de ações preventivas e de salvaguarda de bens culturais materiais e imateriais, inclusive em contextos de emergência e desastre.
Execução de ações de resgate de acervo móvel, arquivístico e arqueológico, inclusive em contextos de emergência e desastre.
Elaboração de projetos para captação de recursos através das Leis de Incentivo à Cultura.
Assessoria a municípios na implementação de políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural.
CAPTURA DA REALIDADE
A preservação do patrimônio histórico se beneficiou significativamente da redução de custos e do avanço dos equipamentos disponíveis para o registro digitalizado do patrimônio imóvel, dentre os quais podem ser destacados a fotogrametria e o LiDAR (da sigla inglesa Light Detection And Ranging).
Esta tecnologia, comumente conhecida como laser scanner, consiste em uma tecnologia óptica de detecção remota que mede propriedades da luz refletida de modo a obter a distância e/ou outra informação a respeito um determinado objeto distante. Possibilita, assim, seu levantamento físico com precisão milimétrica, gerando como produto a chamada nuvem de pontos, que traz não apenas dados relativos à posição espacial desses pontos, mas também suas cores. Isso é possível, pois, ao mesmo tempo em que o laser é pulsado pelo equipamento, um registro fotográfico em alta resolução é executado, capturando a iluminação real existente no local estudado.
A fotogrametria, por sua vez, consiste na ciência de obter medidas a partir do registro de imagens sobrepostas de diversos pontos do objeto de estudo, para capturar suas cores e texturas. Com o avanço da fotogrametria digital e superação da fotogrametria analógica, além do enorme aumento da capacidade computacional disponível, tornou-se possível o cálculo de informações tridimensionais a partir do processamento de grupos de imagens bidimensionais. Tais imagens são processadas em softwares structure-from-motion (SfM) para criar um uma nuvem de pontos com precisão centimétrica e densidade bastante satisfatória.
Os procedimentos normalmente realizados contemplam: (a) planejamento de cenas: elaboração de croqui com a predefinição do número de cenas e posicionamento dos equipamentos; (b) determinação das coordenadas dos pontos para a amarração das varreduras realizadas com o laser scanner ou fotografias; (c) determinação dos pontos de controle: definição dos pontos de referência que tornarão possível a sobreposição e junção de todas as cenas realizadas pelos equipamentos; (d) determinação das cenas de referência; (e) definição de parâmetros de escaneamento e/ou fotogrametria; (f) isolamento parcial da área a fim de minimizar interferências; (g) realização das varreduras com os equipamentos; (h) processamento das nuvens de ponto e (i) produção de mídia de realidade virtual.
Como forma de difundir o acesso ao patrimônio cultural que foi digitalizado, desenvolvemos mídias que permitem a visitação ao bem através da navegação em realidade virtual, ou VR (do inglês Virtual Reality).
O acesso se dá por meio de interface interativa especialmente desenvolvida e dotada de acessibilidade universal, ou seja, o grau de imersão pode ser adaptado de acordo com os recursos tecnológicos disponíveis para a visualização.
A tecnologia conhecida por Realidade Virtual diz respeito à interface entre um usuário e um sistema operacional através de recursos gráficos 3D ou imagens 360º cujo objetivo é criar a sensação de presença em um ambiente virtual diferente do ambiente físico. Para isso, essa interação é realizada em tempo real, com o uso de técnicas e de equipamentos computacionais que ajudem na ampliação da sensação de presença do usuário no ambiente virtual — referido como imersão.
Uma das ferramentas atuais disponíveis mais acessíveis para obtermos o efeito desejado são os chamados óculos de realidade virtual. Tais equipamentos são disponibilizados no mercado em diversas formas, desde os óculos profissionais que propiciam o estado da arte no que tange à imersão, responsividade e facilidade de manuseio até aqueles mais simples, dentro dos quais é encaixado um smartphone que exibe imagens individuais na própria tela (um quadro por globo ocular), gerando o efeito tridimensional.
Para alcançar a desejada imersão, o uso de óculos de Realidade Virtual é mandatório. Quanto mais realista o efeito da simulação a ser alcançado, mais capacidade computacional será demandada. Todavia, até os mais simples smartphones da atualidade, que são extremamente populares, possuem capacidade de processamento para exibir esse tipo de conteúdo, o que facilita sobremaneira a divulgação junto às comunidades.
Importante frisar que um mesmo conteúdo preparado para navegação VR ainda pode ser visualizado e manipulado em uma tela simples, sem a necessidade de óculos específicos. Isso permite a exploração do ambiente em 360º, preservando a interação, porém sem a sensação de imersão característica de um ambiente VR.
Essas características fazem com que o produto digital seja de acesso universal (ou seja, sempre será possível consultá-lo, independentemente da plataforma utilizada), variando unicamente o grau de imersão.
Procedimentos normalmente realizados em campo:
Planejamento das metodologias para captura: elaboração de croqui com a predefinição do número de GCPs, particularidades para elaboração do plano de voo, estudo de cenas para o caso de utilização do laser scanner e posicionamento dos equipamentos;
Estudo e definição do plano de voo do drone para antecipação de obstáculos e configurações do equipamento;
Determinação das coordenadas dos pontos para a amarração das varreduras (GCPs) com o uso de GNSS;
Realização do plano de voo com o drone para obtenção de fotografias sequenciais aéreas;
Determinação dos pontos de controle que tornarão possível a sobreposição e junção de todas as cenas realizadas, tais como feições, esferas e/ou targets para o caso de utilização do laser scanner;
Determinação das cenas de referência para o caso de utilização do laser scanner;
Definição de parâmetros que serão configurados de acordo com cada ambiente para o caso de utilização do laser scanner;
Isolamento parcial da área a fim de minimizar interferências.
Produtos obtidos a partir da captura da realidade:
Nuvem de pontos;
Modelo 3D texturizado;
Documentação fotográfica 360º;
Desenhos técnicos das áreas edificadas;
Mídia de Realidade Virtual.
Nossa atuação:
Captura da realidade - LiDAR (laser scanner) e fotogrametria: produção de levantamentos cadastrais, diagnósticos e mídias de realidade virtual para edificações, sítios arqueológicos, bens integrados e móveis.